A vida é uma escalada de montanha, à cintura está presa uma rede de trapezista – que é um trampolim – para que a cada queda exista a protecção e automaticamente o impulsionar para o retomar da escalada, um pouco mais acima.
O voltar atrás não é possível se para a frente é que se faz o caminho.
A montanha é figurativa, por vezes.
Ortónimo prima pela apresentação e conclusão das divagações dos primeiros dez anos vividos desde a primeira letra escrita para o formato música.
É também a apresentação do Divagações enquanto Diogo criador, apresentando a mudança, ao longo dos dez anos, dos nomes que vêm compondo a exposição.
O tempo, nunca desnorteado mas provocador de desnorteio, é o foco, o mote, o pilar.
A base de constatação.
O amor é alento(!), motor principal da claridade possível de viver intensamente, pois como Florebal expressou: ‘‘…E outro clarão, ao longe, já desponta!”.
A dor – inerente – não só pelo peso das palavras, mas pelo peso das decisões de caminho na escalada, é o apaziguador, o metrónomo de amor-ódio que faz serenar.
A professora vida, mostra-se presente, expressando a existência da impossibilidade de indiferença, relativamente a ela, assim como a cada componente singular no seu expoente máximo.
Ortónimo é primeira pessoa, terceira pessoa, múltipla pessoa no infinito universo pessoal da criação.
Ortónimo é(!), Diogo com Dias de Divagações num Dig que através do tempo, viveu alento num amar que sofre, mas sempre ama amar.
Que os ouvidos nos liguem os corações.